(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Roubado na maternidade, Pedrinho agora é pai e não divulga fotos do filho

Filho de Pedrinho nasceu em hospital da Asa Norte e já está em casa


postado em 28/11/2012 18:06 / atualizado em 28/11/2012 18:19

(foto: Daniel Ferreira/D.A press)
(foto: Daniel Ferreira/D.A press)


Pedrinho é pai. João Pedro nasceu com 3,2kg, 48cm e cabeludo. Ele veio ao mundo há sete dias. E só agora Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto autorizou a divulgação da tão esperada notícia por aqueles que há 26 anos acompanham a sua história.

No entanto, ele não permitiu a publicação de imagens do bebê. Tudo para evitar o assédio, como ocorreu há 10 anos, quando, morando em Goiânia, descobriu a sua verdadeira identidade, o recém-nascido roubado em uma maternidade de Brasília nas primeiras horas de vida, em 21 de janeiro de 1986.

João Pedro nasceu no Hospital Santa Helena, no fim da Asa Norte, em um parto cesariano. João Pedro está em casa, um apartamento da Asa Norte, sob os cuidados da mãe, a administradora de empresas Nábyla Gabriela Queiroz Galvão, 23 anos. “Os dois estão muito bem. Ele não está dando muito trabalho. Só tem umas cólicas normais de bebê”, contou Pedrinho.

Dez anos após realizar o exame de DNA e constatar ser o filho levado de Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Braule Pinto, Pedro se desdobra entre o trabalho em um renomado escritório de advocacia da capital e as obrigações de pai de primeira viagem. “Perco um pouco de sono, como qualquer pai”, comentou. Por telefone, ele reforçou o pedido para não divulgar a imagem do filho nem da mulher após o parto. “Não quero transformar isso em uma bola de neve, que outros jornalistas fiquem nos ligando, pedindo fotos e entrevistas. Quero preservar o meu filho”, ressaltou.

Vida normal
 
O caso se tornou famoso no Brasil após vir à tona a história de Vilma Costa Martins, acusada de sequestrar dois bebês, Aparecida Fernanda Ribeiro da Silva e Pedro Rosalino Braule Pinto, o Pedrinho. Ela criou as crianças como filhos. 

Pedrinho, agora aos 26 anos, advogado, pós-graduado em direito, está casado desde novembro de 2011. Mora com a mulher, em um apartamento da Asa Norte. Corre na rua, joga futebol com amigos e almoça com parentes aos domingos. Rotina que espera manter ao menos até meados de novembro, quando deve nascer João Pedro, seu rebento. E, por causa da criança, pensa em estabilidade, fazer concurso e virar funcionário público.

Ele ainda tem vínculos com Goiânia, cidade onde passou os primeiros 17 anos de vida. Costuma viajar de carro pelos 200km do trajeto da BR-060, que liga Brasília à capital goiana, para rever os amigos e a família de criação. Visita, inclusive, Vilma Martins Costa, a mulher condenada por raptá-lo e registrá-lo como se fosse filho legítimo dela. Também considerada culpada pelo sequestro e o registro falso de uma recém-nascida em Goiânia, crime ocorrido em 1979, ela ganhou a liberdade condicional em agosto de 2008, após cumprir cinco dos 19 anos das penas inicialmente impostas pela Justiça.

Mas Pedrinho não fala de Vilma com os pais biológicos. Eles também não fazem questão. “Sabemos que ele vai à Goiânia, mas não perguntamos o que vai fazer lá, nem com quem se encontra. Ele fala se quiser. Se esteve ou encontra com ela (Vilma), nunca nos contou, por opção. Criamos o Pedro assim, com muita liberdade”, diz Maria Auxiliadora Braule Pinto, a Lia, 59 anos. Ela e o marido, Jayro Tapajós, 60, agora curtem a tranquilidade da aposentadoria.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)