Esconder a farda a caminho ou na volta do trabalho virou regra em Guarulhos. A ordem foi dada depois que o setor de inteligência polícia descobriu que o Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou que integrantes da facção matem dois PMs do 15.º Batalhão em 30 dias - já se passaram 8 desde então.
“A polícia está de luto neste Natal, todo mundo tem um amigo que foi morto”, acrescenta o policial. Os PMs dizem que, sem a farda têm de pagar o ônibus - eles têm direito à gratuidade da passagem quando andam devidamente identificados.
O porta-voz da PM, capitão Sérgio Marques, confirmou a proibição. “O objetivo é preservar os policiais de ataques. Principalmente sobre a dobradinha de andar de moto e fardado, que deixa o policial mais vulnerável”, diz. Segundo ele, outra medida tomada foi diminuir as folgas para aumentar o efetivo na rua. “Só de equipes das Forças Táticas são 30 em Guarulhos, o que refletiu na diminuição de homicídios”, diz Marques.
No sábado (01) à noite, mais um PM foi morto. O subtenente da reserva, Luiz Carlos Ribeiro, foi baleado em uma briga de bar, na zona oeste de São Paulo. As mortes de PMs ganharam destaque no mesmo dia no jornal The New York Times. À tarde, bandidos mataram o ex-PM Claudio Honório de Moraes foi morto em frente a um bar em Guarulhos. Outras cinco pessoas ficaram feridas.