Ao fim do interrogatório, que durou cerca de 1h30, o cabo da PM Sérgio Costa Júnior, réu confesso que está sendo julgado nesta terça-feira pelo assassinato da juíza Patricia Acioli, pediu aos jurados que "façam justiça". "Infelizmente, tive cabeça fraca. Me deixei levar pela emoção e fiz o que fiz. Mas desde o primeiro momento me arrependi com a desgraça que fiz com minha família e com a família dela (Patricia). Acredito muito na Justiça. Façam justiça comigo."
Costa Júnior deu detalhes do motivo, do planejamento e da execução do crime. Segundo ele, Patricia assinou sua sentença de morte quando, em 11 de agosto do ano passado, decretou a prisão de seis PMs do batalhão de São Gonçalo - ele inclusive - no processo que investigava a morte de Diego Belini, de 18 anos. Outros dois PMs do batalhão já estavam presos.
O crime ocorreu em 3 de junho, numa favela em São Gonçalo. O caso foi inicialmente registrado como auto de resistência (morte de suspeito em confronto com a polícia), mas, após investigações Patricia concluiu que o rapaz foi executado.
"No dia 11 de agosto (de 2011), havia rumores de que ou a juíza ia soltar os dois policiais que estavam presos desde junho, ou então ia decretar a prisão de nós seis. Quando ela assinou a prisão, foi a gota d'água", afirmou o réu. Indagado pelo juiz sobre o motivo que o levou a desferir 18 tiros contra a juíza, Costa Júnior disse que "não tinha visão da vítima dentro do carro, que tinha insulfilm (película escura), além disso, era noite e a rua tinha pouca iluminação".
A sessão foi suspensa para almoço e será retomada, nesta tarde, com os debates entre acusação e defesa.
.
Leia Mais
Sorteado júri do caso Patrícia AcioliJustiça inicia julgamento do primeiro acusado de matar juíza Patrícia AcioliJustiça marca data de julgamento de um dos acusados pela morte da juíza Patrícia AcioliMais três réus do caso Patrícia Acioli serão julgados amanhãCabo que matou juíza Patrícia Acioli pega 21 anosAdvogada diz ter avisado PMs de decisão de juízaO crime ocorreu em 3 de junho, numa favela em São Gonçalo.
"No dia 11 de agosto (de 2011), havia rumores de que ou a juíza ia soltar os dois policiais que estavam presos desde junho, ou então ia decretar a prisão de nós seis. Quando ela assinou a prisão, foi a gota d'água", afirmou o réu. Indagado pelo juiz sobre o motivo que o levou a desferir 18 tiros contra a juíza, Costa Júnior disse que "não tinha visão da vítima dentro do carro, que tinha insulfilm (película escura), além disso, era noite e a rua tinha pouca iluminação".
A sessão foi suspensa para almoço e será retomada, nesta tarde, com os debates entre acusação e defesa.