A Justiça de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, arquivou o processo contra Clóvis Perrut Mantilla, o pai que se esqueceu da filha de 10 meses por quatro horas dentro do veículo. A criança, Manuella Mantilla, não resistiu e morreu.
O pedido para que o caso fosse arquivado foi do Ministério Público. A promotoria alegou que o réu, o pai da criança, merecia ser beneficiado pelo perdão judicial. Segundo defendeu o MP, a pena para o comerciante, que até então respondia por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) será conviver com a dor e o remorso de ter causado a morte da própria filha.
Ao se dar conta de que a criança ainda estava no carro, Clóvis ligou para um amigo que mora próximo ao local e pediu para que ele socorresse a menina até a chegada dele. A criança foi retirada do carro e levada, pelo próprio pai, ao hospital municipal de Volta Redonda, mas morreu antes mesmo de dar entrada na unidade médica. O laudo pericial apontou que o bebê morreu de asfixia. Clóvis foi preso em flagrante, mas pagou fiança e foi liberado. A mãe da criança ficou em estado de choque e chegou a ficar internada em um hospital local.