Jornal Estado de Minas

Elize Matsunaga presta depoimento em audiência de instrução


A bacharel em Direito Elize Matsunaga, que confessou ter matado e esquartejado o marido Marcos Matsunaga, prestará depoimento em audiência de instrução, na manhã desta terça-feira, no Fórum Barra Funda, em São Paulo. Além dela, também falarão as testemunhas Mauriceia José Gonçalves dos Santos, babá da filha do casal, e Nathalia Vila Real Lima, que era amante do empresário.

Segundo a assessoria de imprensa do fórum, a audiência está marcada para começar às 10h. Nathalia Lima será a primeira a prestar depoimento, em seguida a babá e por último Elize Matsunaga. O promotor do caso, José Carlos Cosenzo, acredita que a audiência de instrução termina ainda hoje. Ele explica que, assim que a audiência é encerrada, as partes têm mais 15 dias para se manifestar antes da pronúncia do juiz, que decidirá se Elize vai a júri popular.

O promotor destaca que tudo indica que Elize será julgada por um júri popular, uma vez que ela confessou o assassinato e o esquartejamento. Além disso, ele explica que o advogado de Elize não usa a tese de legítima defesa, mas de que a ré foi movida por forte emoção. Nesse caso, o julgamento deve ser feito por um júri popular.
“Acredito que a sentença só saia no ano que vem por causa do recesso de fim de ano. Se a defesa não recorrer. Elize deve ser julgada em maio ou junho”, afirma o promotor.

O caso

Entre 19 e 20 de maio deste ano, Elize Matsunaga matou e esquartejou o marido Marcos no apartamento onde os dois moravam, na zona oeste de São Paulo. A acusada confessou o assassinato.

Câmeras de segurança instaladas dentro dos elevadores do prédio flagraram Eliza saindo do apartamento com três malas. Segundo depoimento da própria acusada, as malas foram abandonadas na Rodovia SP-127. Dentro delas estavam as partes do corpo do marido.

A assassina confessa está detida no Presídio Feminino do Tremembé desde o dia 20 de junho.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou, em agosto, o pedido de habeas corpus a Elize. A decisão do relator do recurso, Francisco Menin, da 7ª Câmara de Direito Criminal foi aceito de forma unânime e diz que a liberdade da ré é "temerária".

.