A cada mil adolescentes do País, três morrem antes de completar 19 anos. A informação é do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) referente a 2010, apresentado na manhã desta quinta-feira pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A taxa - atualmente em 2,98 jovens para cada cem mil - teve um crescimento de 14% em relação a 2009 e é a maior desde o início da pesquisa, há cinco anos.
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Especialista defende adoção de políticas públicas para reverter genocídio de jovens negrosMapa da Violência: professor alerta para 'pandemia' de mortes de jovens negrosGrupo de jovens protesta contra a violência na cidade de São PauloA pesquisa foi realizada em mais de 280 municípios com mais de 100 mil habitantes. O estudo é uma parceria do Laboratório com a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pelo Observatório de Favelas, uma organização não governamental do Rio de Janeiro. Os pesquisadores analisaram dados do Ministério da Saúde e do IBGE para chegar ao índice, que demonstra o risco dos adolescentes em relação aos homicídios.
O Nordeste foi a região que registrou maior crescimento na taxa.
Entre as capitais, Maceió apresentou o pior desempenho, com índice de 10,15 jovens mortos a cada cem mil. São Paulo representa o melhor desempenho, com taxa de 1,08. "Há uma transferência da violência das periferias do Sudeste para o Nordeste, não só nas regiões metropolitanas, como em Salvador e Maceió, mas em polos regionais em função do crescimento econômico e demográfico", afirmou Ignácio Cano, professor da UFRJ e um dos coordenadores do estudo..