A Polícia Federal informou na tarde desta quinta-feira (13 de dezembro que 51 pessoas foram presas na Operação Calouro, que desmantelou quadrilhas que fraudavam vestibulares de medicina em faculdades de 10 Estados do país e do Distrito Federal. A PF divulgou também que havia sete grupos atuando no esquema, sendo dois deles em ação há mais de 15 anos.
Segundo a nota oficial da PF, mais de 40 instituições de ensino superior foram vítimas da atuação das quadrilhas. Esses grupos se concentravam em faculdades particulares de Goiás e Minas Gerais, pois, diz a PF, as "federais possuem grande segurança em seus processos seletivos". A PF informou ainda que não tem elementos para precisar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema.
De acordo com a PF, ainda é difícil precisar o lucro que as quadrilhas obtiveram com o esquema. "A quantificação do lucro das quadrilhas é difícil de precisar, visto que cada uma delas cobra preços variados conforme o tipo de fraude", relata a nota. O valor por aluno, no entanto, chegava a R$ 80 mil.
O comunicado da PF afirma que, no primeiro momento da ação policial, serão investigadas as quadrilhas e, depois, o objetivo será identificar os beneficiados pelo esquema. "Os que forem identificados serão indiciados e posteriormente responderão ao processo criminal pelo ato que cometeram e os alunos podem ser excluídos administrativamente ou judicialmente", completa a nota.