O número de crianças de 10 a 13 anos que trabalham aumentou de 699 mil em 2000 para 710 mil em 2010, segundo dados do Censo Demográfico, divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O acréscimo foi de 1,5% em números absolutos, ou quase 11 mil crianças trabalhadoras a mais. A proporção de crianças nesta faixa etária que trabalhavam era de 5,07% em 2000 e chegou a 5,2% em 2010.
Na faixa de 10 a 17 anos, o número de trabalhadores caiu de 3,9 milhões para 3,4 milhões na década, ou 13,4% a menos. Em 2000, 14% das crianças e jovens nesta idade tinham algum tipo de ocupação, proporção que caiu para 12,4%. Dos 710 mil ocupados de 10 a 13 anos, 639,6 mil (90%) fazem jornada dupla, estudando e trabalhando. A situação mais grave é dos 70,5 mil que trabalham e não estudam. As crianças e adolescentes trabalham principalmente no setor agrícola e sem remuneração, mostram os dados do Censo.
Na faixa dos 10 a 13 anos, existem 403 mil crianças fora das salas de aula, ou 3% do total. Desse universo, 70,5 mil só trabalham e 332 mil não estudam nem trabalham.
Dados já divulgados no início do ano mostram que, dos 6 aos 14 anos, 966 mil não estudam, ou 3,2%.