Jornal Estado de Minas

Programa de combate ao crack tem pouca adesão das unidades federativas

Uma das principais bandeiras do governo da presidente Dilma Rousseff, o programa Crack, é possível vencer, lançado há um ano, enfrenta problemas para sair do papel. De cada R$ 10 previstos para serem aplicados pelo Ministério da Justiça, articulador da política pública com os estados, apenas R$ 1,20 saiu dos cofres públicos. No total, foram efetivamente pagos R$ 22 milhões, de um orçamento de R$ 178 milhões. Considerando os empenhos (recursos reservados, mas ainda não efetuados porque ações e serviços não foram concluídos), a cifra sobe para R$ 144 milhões.

No Ministério da Saúde, a quantia chega a R$ 840 milhões. A pasta, entretanto, não detalhou investimentos, empenhos e quanto era a previsão de gastos em 2012. Já o Desenvolvimento Social, outro ministério que integra o programa, garantiu ter aplicado praticamente todo o modesto orçamento com o Crack, é possível vencer: R$ 15, 4 milhões. Até 2014, a meta é investir R$ 4 bilhões. Após um ano, apenas 14 unidades da Federação abraçaram o projeto federal.
O ritmo lento de adesões, aliado à falta de ações concretas de combate à droga e tratamento dos dependentes nas grandes cidades, evidencia que ainda há muito a ser feito..