Jornal Estado de Minas

Colegas de modelo que morreu na China não acreditam em suicídio

Segundo uma amiga, a modelo não usava drogas e era muito religiosa

Júlia Chaib
Camila Bezerra, 22 anos, caiu do 14º andar - Foto: Sidney Simplício/DivulgaçãoColegas de trabalho da modelo Camila Bezerra, 22 anos, que morreu ao cair de um prédio na China, não acreditam que a jovem tem suicidado.
Pela página da rede social, uma jovem colega de Camila contou que um dia antes de ser encontrada morta, a brasileira havia saído de casa para comemorar o ano-novo. “Ela encontrou alguns amigos em um jantar e depois nos encontramos em uma ‘balada’. A Camila não aparentava estar sob efeito de drogas. Comentou com a gente só que tinha bebido um pouco além da conta”, relatou. “Ela estava rindo, estava engraçada. Mas sempre falando do namorado. Eles tinham brigado e na festa ela não quis falar com ele. Mas uma briga com o namorado não faria ela se matar.”

Segundo o depoimento, uma das meninas com quem a cearense dividia o apartamento foi ao banheiro por volta de 9h e reparou que a janela estava aberta. Quando olhou para baixo, viu o corpo da modelo no chão. “Vieram correndo para nosso apartamento gritando que achavam que a Camila tinha pulado do prédio, mas acreditar nisso era impossível”, contou outra jovem. “Ela foi sempre uma menina centrada no trabalho, não saía muito para festas, nem usava drogas e era muito religiosa.”

Camila Bezerra estava trabalhando há seis meses na cidade chinesa de Cantão. A polícia local investiga as causas da morte. A data para a chegada do corpo no país não está definida. De acordo com o governo do estado, que arcará com as despesas, o transporte custará cerca de US$ 15 mil (R$ 30,6 mil).

Em várias publicações no Facebook, a mãe da modelo, Goreth Bezerra, pediu ajuda para trazer o corpo da jovem ao país, por não ter condições financeiras. Camila estava na China desde agosto – foi a terceira vez que ela passou uma temporada distante de Fortaleza para trabalhar como modelo. Em um dos posts, Goreth escreveu com letras maiúsculas: “Quero a minha filha!”.

(Colaborou Anna Beatriz Lisbôa)