As previsões de chuvas para os meses de janeiro e fevereiro não são muito positivas para o setor elétrico brasileiro. Segundo dados da Climatempo, nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste as chuvas continuarão sendo irregulares e insuficientes para a recuperação adequada dos reservatórios, que estão em níveis bastante reduzidos.
As represas do Nordeste estão com 31,9% de armazenamento e as dos Sudeste/Centro-Oeste, com 28,9%.
O meteorologista da Climatempo Alexandre Nascimento explica que o principal problema é que as pancadas mais fortes de chuva têm ocorrido em pontos pequenos. É o caso, por exemplo, da Baixada Fluminense, região castigada pelas tempestades e alagamentos. “Se você verificar uns 30 a 40 quilômetros dali, não tem chovido na mesma proporção”, diz ele. “É mais ou menos isso que esperamos para o mês de janeiro. As chuvas intensas serão mais irregulares.”
Isso significa que teria de chover no Triângulo Mineiro, Sul de Minas, interior de São Paulo e algumas áreas de Goiás. São nesses locais que estão localizados os maiores reservatórios do País, nos rios Grande e Parnaíba.
A Hidrelétrica de Furnas, que tem uma das maiores represas do País, está com 12,58% de armazenamento de água. Já Itumbiara, outra importante usina da região, está com 9,77%.
Desde outubro, todas as térmicas estão em operação. Algumas, no entanto, não conseguem gerar o programado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No Nordeste, as térmicas produziram 500 megawatts (MW) médios menos do que o previsto no dia 2. No Sudeste/Centro-Oeste, foram 200 MW médios. Para complementar a geração, as duas regiões receberam ajuda. O Nordeste teve 1.101 MW do Norte e o Sudeste/Centro-Oeste, 2.417 MW do Sul.