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Pelas ruas, a população tentava retomar a normalidade em Xerém. A falta de água é o maior problema para os moradores, que ainda trabalham na limpeza de suas casas. Cerca de 12 mil pessoas estão sem acesso à água encanada. A previsão é que o sistema seja restabelecido até o final da semana. Até lá, caminhões pipa e doações garantem o consumo mínimo aos moradores.
Por toda a cidade, ainda há muita lama e poeira. Nos postos de atendimento da prefeitura, Defesa Civil e assistência social, os moradores fazem fila para retirada de documentos e cadastro nos programas de indenização. No centro de entrega de donativos, na Praça da Mantiqueira, as vítimas da tragédia reclamam de favorecimento, desvios e desinformação.
Desde a noite da tragédia morando em um abrigo improvisado numa escola, o pedreiro Adilson Santos, de 46 anos, reclamou da estrutura, higiene e alimentação oferecida no espaço. "Está muito bagunçado. Os desabrigados é que se uniram para fazer a comida e a limpeza, pois nos primeiros dias estava muito ruim. A gente tem que se unir mesmo, pois ninguém ajuda, não."