Denúncias anônimas levaram a polícia a duas plantações de maconha no mínimo curiosas: 43 vasos da erva na laje de uma casa em Diadema, no ABC paulista, e uma estufa em apartamento de Brasília, no Distrito Federal. No primeiro caso, a envolvida é uma mulher de 69 anos, que disse pensar que a planta era tomate. No Distrito Federal, foram presos dois estudantes universitários, acusados de tráfico nacional e internacional de drogas.
A mulher presa em Diadema foi acusada de cultivar maconha na laje da sua casa, no Bairro Serraria. Na residência da idosa, a polícia apreendeu 43 pés do entorpecente. Os policiais civis foram recebidos pela mulher e o ex-marido, um aposentado de 62 anos, que não deixaram a equipe de investigação entrar. O casal chamou então a Polícia Militar.
Com a chegada dos militares eles permitiram a revista, que terminou com a ida até a laje da casa e a constratação de que havia diversas plantas, entre elas os vasos com pés de maconha. Inicialmente, a mulher disse que achava que a planta era tomate. Depois, alegou desconhecê-la. A idosa foi presa em flagrante e indiciada por tráfico de entorpecentes.
Por ser deficiente visual e não ter acesso à laje da casa, o aposentado e ex-marido da idosa foi levado à delegacia apenas como testemunha. A mulher, que teve apenas as iniciais, M.C.G. divulgadas, foi encaminhada à carceragem do 7º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, também no ABC. O delegado que atendeu a ocorrência solicitou perícia no local. A planta foi apreendida e passou por análise, que resultou em positivo para maconha.
Em Brasília, no Distrito Federal, a Polícia Civil encontrou um estufa de maconha e skunk, um tipo de "supermaconha", em um apartamento na Quadra 710 Norte anteontem. Os estudantes universitários Felipe Gabriel Vieira Frete, 18 anos, e Igor José Bento Barbosa, 22, foram presos. Uma equipe da polícia recebeu a denúncia de vizinhos, que se queixavam do cheiro de maconha no local. Eles também informaram que conseguiam ver as plantações pela fresta da porta. Policias fizeram campana e constataram a existência da estufa.
Apartamento
Segundo o delegado da 2ª Delegacia de Polícia (DP), Rodrigo Pires, no apartamento foram encontrados quatro vasos de maconha, uma planta de maconha já seca (pronta para o consumo), um vaso com uma planta grande de skunk (aproximadamente 1 metro de altura), fertilizantes e um sistema de iluminação e ventilação artificial.
A dupla importava sementes de Skunk da Holanda. O fato foi comprovado quando policiais encontraram um envelope com o nome de Igor como destinatário, com selos da Holanda, no interior do apartamento. No envelope estavam dois tubos com sementes variadas de Skank, um tubo da espécie big bang, e outro de Jack Herer.
Quando a polícia chegou ao apartamento, não encontrou Felipe e Igor no local, apenas um homem que limpava a estufa. Ele levou a polícia aos traficantes. Felipe foi preso ainda na Quadra 710 Norte, já Igor na QE 15 do Guará II. A polícia ainda levou à delegacia Rodolfo Romano Alves, 21 anos, que estava com Igor no Guará. Ele confirmou para o delegado que havia comprado uma porção de maconha de Igor.
O skunk, droga apreendida pela polícia durante a operação, que pode ser produzido em laboratório, é considerado um entorpecente sofisticado. Segundo o delegado, um quilo da droga custa R$ 20 mil.