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Estado de Minas

Tribunal autoriza exumação de corpo de Marcos Matsunaga


postado em 16/01/2013 07:36 / atualizado em 16/01/2013 09:50

O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, deferiu o pedido da defesa e autorizou a exumação, nessa segunda-feira,  do corpo do empresário, Marcos Matsunaga, para realização de nova perícia no cadáver. O diretor da Yoki foi morto e esquartejado pela esposa dele, Elize Matsunaga, em maio do ano passado. O pedido foi formulado pelos advogados da ré confessa - que teria matado a vítima após descobrir sobre um relacionamento extraconjugal de Marcos e uma jovem.

O objetivo da nova perícia é mostrar o exato momento de sua morte, pois há dúvidas se ele teria morrido em razão do tiro que atingiu sua cabeça ou se ainda estava vivo no momento em que seu corpo foi esquartejado.

O advogado de Elize, Luciano Santoro, solicitou que o cadáver esquartejado seja desenterrado para que seja revista a causa da morte. Santoro diz ter demandado um novo exame do corpo de Matsunaga por existirem incongruências no laudo necroscópico. A intenção da defesa é excluir o meio cruel das agravantes. “Questionamos alguns pontos, como, por exemplo, se houve ou não fratura no crânio”, detalha. Outro ponto levantado pelo advogado de Elize refere-se à acusação de que Marcos estaria vivo quando Elize esquartejou o corpo. “O autor do laudo levanta a hipótese de a vítima ter tido morte cerebral. Se isso ocorreu, então não houve sofrimento como a acusação afirma”, explica.

O promotor José Carlos Cosenzo aos receber os autos do pedido disse que  analisararia tudo com calma. “Deixo claro que, para mim, fazer uma coisa dessa é um desrespeito aos familiares da vítima. É matar o parente deles uma segunda vez”, avaliou. Para Cosenzo, entretanto, se houver o entendimento de que a defesa pode ser prejudicada por não ser feita a exumação, o requerimento deve ser acatado.“Farei de tudo para condenar Elize a uma pena exemplar, de no mínimo 30 anos. Mas não quero depois que a defesa use o argumento de que queria produzir uma prova e o Ministério Público não deixou”, completa Cosenzo.
 
Elize está no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, onde também estão Suzane Richthofen, condenada por matar os pais, e Anna Carolina Jatobá, que cumpre pena pela morte da enteada, Isabella Nardoni. Em agosto, a Justiça negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa. A liminar do pedido de liberdade já tinha sido negada em junho.
 
Com Julia Chaib e TJSP


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