Jornal Estado de Minas

Além de drogas, traficantes também comercializam anabolizantes em Brasília

Após sucessivas mortes resultantes do uso indiscriminado desses produtos, as delegacias passaram a monitorar de perto quadrilhas especializadas na atividade irregular.

Correio Braziliense
Investigadores identificaram a atuação de traficantes de drogas no contrabando de anabolizantes e suplementos proibidos no Distrito Federal. Depois de várias ações direcionadas a prender os barões da droga, as polícias Federal e Civil perceberam a ambição dos criminosos em também controlar o mercado negro de emagrecedores, estimulantes e anabolizantes. Há alguns anos, o comércio clandestino dessas substâncias era combatido superficialmente na capital. Após sucessivas mortes resultantes do uso indiscriminado desses produtos, as delegacias passaram a monitorar de perto quadrilhas especializadas na atividade irregular.
Nos últimos dois anos, 27 pessoas acabaram detidas por transportar ou vender complementos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São os casos do OxyElite Pro, do Jack 3D e do Lipo-6 Black. Mas o número de flagrantes por esse delito é bem maior. Em diversas operações de combate ao tráfico de entorpecentes, por exemplo, os agentes encontram compostos ilegais. Nesses casos, as estatísticas registram apenas os crimes relacionados a narcóticos, como maconha, cocaína, haxixe, ecstasy, entre outros.

Em outubro do ano passado, a Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do DF, apreendeu 4.220 tubos de lança-perfume e 5 mil comprimidos de ecstasy. O material estava em poder do grupo liderado por Raidon de Oliveira Santos, 38 anos. Preso com sete comparsas, Raidon agregou aos negócios a venda de produtos para ganho de massa muscular. Também mantinha escondidas no luxuoso apartamento dele, em Águas Claras, dezenas de frascos do suplemento OxyElite.