Jornal Estado de Minas

Guarda Civil de São Paulo troca de comando

Agência Estado
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quarta-feira (16) a troca do comando da Guarda Civil Metropolitana (GCM), como antecipou a colunista do jornal O Estado de S. Paulo Sonia Racy em seu blog. O inspetor Eduardo de Siqueira Bias, de 47 anos, substituirá Joel Malta de Sá, que chefiava a corporação desde 2009. Entre outras mudanças, Bias vai criar um curso de reciclagem para agentes suspensos e aumentar a quantidade de GCMs especializados na mediação de conflitos. A mudança ocorre nove dias após a divulgação de um vídeo mostrando guardas sem farda agredindo skatistas na Praça Roosevelt, região central. O novo comandante está na corporação desde 1986, quando, de acordo com a Secretaria Municipal da Segurança Urbana, foi constituída a primeira turma de guardas-civis. Bias passou por todos os postos dentro da instituição. Formado em Letras pela Faculdade Oswaldo Cruz e com cursos de segurança no currículo, ele hoje está lotado na Inspetoria do Gabinete do Prefeito. Outro posto que sofrerá mudança é o de coordenador do centro de formação da guarda. Historicamente, o setor tem sido ocupado por coronéis - o atual é Flávio Rosa. Mas a gestão Haddad pretende colocar ali um educador. O nome dele, contudo, não foi divulgado. As duas nomeações devem sair nos próximos dias no Diário Oficial da Cidade. O secretário municipal da Segurança Urbana, Roberto Porto, afirma que o objetivo é dar à GCM um caráter mais comunitário. No governo Gilberto Kassab (PSD), o trabalho esteve focado no combate à pirataria. %u201CA ideia é aproximar a guarda do cidadão.%u201D Sobre a escolha de um profissional da área de Educação para gerir a formação dos agentes, ele explica que a medida integra a nova filosofia da corporação. %u201CNada melhor do que um educador para dar essa diretriz.%u201D A GCM também passará a %u201Creciclar%u201D os guardas punidos por má conduta, o que ainda não ocorre. %u201CToda vez que um agente se envolver em uma ocorrência que gere alguma tensão, obrigatoriamente terá de passar por uma reciclagem para que aquele problema específico seja analisado.%u201D Com isso, espera-se que o vigilante não reincida no erro.