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Nível dos reservatórios das hidrelétricas continua subindo em boa parte do paísHidrelétricas no Sudeste e Centro-Oeste continuam com menos de 30% de água armazenadaMais de 30% das terras indígenas na Amazônia sofrerão impacto por causa de hidrelétricasA ação buscava uma Avaliação Ambiental Estratégica em toda a Bacia do Alto Paraguai para dimensionar o impacto e os riscos das hidrelétricas na planície pantaneira. De acordo com pesquisadores, citados pelo MPF, se todos os empreendimentos fossem instalados, o ciclo das cheias no Pantanal seria alterado provocando danos em todo o bioma.
As licenças ambientais são concedidas individualmente para os empreendimentos hidrelétricos. Para o Ministério Público, em um bioma complexo e sensível como o Pantanal, "não basta somar os impactos individuais, é preciso analisá-los em conjunto, considerando toda a Bacia do Alto Paraguai".
Processo
Em agosto de 2012, o MPF e o MP do Mato Grosso do Sul ingressaram com ação civil pública na 1ª Vara Federal de Coxim (MS) para suspender a instalação de 126 empreendimentos hidrelétricos no entorno do Pantanal. A ação foi movida contra a União, Estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul (Imasul).
A Justiça Federal de Coxim concedeu a liminar e determinou a paralisação de todos os empreendimentos em operação ou planejamento para o Pantanal, tanto em Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul. A liminar, no entanto, foi cassada no Tribunal Regional Federal da 3ª Região e determinou a transferência do processo para a Justiça Federal de Campo Grande.