O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PT), decretou nesta quinta-feira (24) estado de emergência na saúde do município, com o objetivo de reverter a crise na rede hospitalar da cidade. Com a decisão, foi criado um gabinete de crise, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com as secretarias de Governo, Conservação e Serviços Públicos, Fazenda, além da Niterói Transportes e Trânsito (NiTrans) e Empresa de Obras Públicas (Emusa). O decreto terá validade de 90 dias, e poderá ser prorrogado pelo mesmo período ou revogado, caso a situação da rede saúde do município melhore.
No início de janeiro, a emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas Filho foi reaberta e está funcionando como um hospital de campanha. Em 20 dias, já foram atendidas cerca de três mil crianças.
“Na unidade Mário Monteiro, o raio-x estava sem funcionar, assim como o elevador. Não havia equipamentos básicos para atender pacientes mais graves, como o respirador, e hoje temos dois aparelhos funcionando. Evidente que isso é um cenário muito específico, mas a situação da rede como um todo estava muito grave. Na emergência do Getulinho, com a ajuda do secretário de estado, Sérgio Côrtes, e do governador nós pudemos atender as crianças que estavam desassistidas”, acrescentou o secretário.
De acordo com o prefeito Rodrigo Neves, o decreto "é uma resposta planejada da prefeitura no sentido de restabelecer a assistência de saúde à população, o abastecimento nas unidades, viabilizar a contratação de profissionais de saúde e recuperar fisicamente as unidades. A saúde de Niterói está na UTI e nosso objetivo é reverter rapidamente essa situação”.
Segundo a prefeitura, nove unidades básicas de saúde serão reformadas, além da requalificação das unidades Policlínica do Largo da Batalha e Mário Monteiro, que vão operar no modelo das Unidades de Pronto-Atendimento (UPA). Para as ampliações e reformas, está previsto repasse de R$ 20 milhões para a prefeitura e o governo federal.