A presidente Dilma Rousseff cancelou toda a agenda na cúpula dos países da América Latina com a União Européia em Santiago, no Chile, por causa da tragédia em uma boate no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que, até o momento, deixou 245 pessoas mortas, além de várias feridas. Emocionada, a presidente disse, durante pronunciamento direto de Santiago, no Chile, que está com o povo de Santa Maria e o governo federal fará “tudo o que for preciso” para ajudar as vítimas. “Eu queria dizer à população do nosso país e de Santa Maria o quanto, nesse momento de tristeza, estamos juntos. E necessariamente iremos superar, mantendo a tristeza”, disse a presidente com a voz embargada.
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Incêndio em boate durante festa universitária mata 232 no Rio Grande do SulLista do nome das vítimas identificadas no incêndio em boate no RSPrefeitura de Santa Maria (RS) decreta luto oficial de 30 diasMarco Maia quer legislação nacional com regras mínimas de segurança para casas de showUFSM divulga nota lamentando morte de jovens em festa universitáriaMEC oferece hospitais universitários para atendimento às vítimasPolícia começou a ouvir testemunhas do incêndio em Santa Maria (RS)Com mórbida semelhança, Rio Grande do Sul revive tragédia que abalou BH há 11 anosLula manifesta solidariedade após tragédia no RSNeste domingo, o Rio Grande do Sul amanheceu de luto com aquela que pode ser a pior tragédia da história do estado, em episódio que lembra o desastre ocorrido em Belo Horizonte, há 11 anos, no Canecão Mineiro. Novamente o endereço foi a Andradas, mas desta vez a rua gaúcha de Santa Maria, cidade com 270 mil habitantes. E assim como aconteceu na capital mineira, a irresponsabilidade de artistas e administradores da boate com o uso de sinalizadores para a promoção de um show pirotécnico em ambiente fechado é apontada como causa para a morte de jovens. Desta vez, ao invés de sete, o saldo já passa de 240 mortos.
Os bombeiros estão fazendo o rescaldo e procurando outras vítimas. Não podemos precisar o número exato. A maior parte dessas pessoas morreu asfixiada. Elas entraram em pânico e acabaram pisoteando umas às outras. O principal fator (para as mortes) foi a asfixia. O isopor gera uma fumaça muito tóxica", afirmou o comandante geral do Bombeiros, coronel Guido de Melo.