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Estado de Minas

Dilma chora e diz que fará "o que for preciso" para amenizar sofrimento das vítimas

A presidente cancelou toda a agenda no Chile e deve chegar ao Brasil no final da tarde


postado em 27/01/2013 12:10 / atualizado em 27/01/2013 14:28

Presidente se emociona em pronunciamento, ainda no Chile(foto: ROBERTO STUCKERT FILHO / BRAZILIAN PRESIDENCY / AFP)
Presidente se emociona em pronunciamento, ainda no Chile (foto: ROBERTO STUCKERT FILHO / BRAZILIAN PRESIDENCY / AFP)

A presidente Dilma Rousseff cancelou toda a agenda na cúpula dos países da América Latina com a União Européia em Santiago, no Chile, por causa da tragédia em uma boate no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, que, até o momento, deixou 245 pessoas mortas, além de várias feridas. Emocionada, a presidente disse, durante pronunciamento direto de Santiago, no Chile, que está com o povo de Santa Maria e o governo federal fará “tudo o que for preciso” para ajudar as vítimas. “Eu queria dizer à população do nosso país e de Santa Maria o quanto, nesse momento de tristeza, estamos juntos. E necessariamente iremos superar, mantendo a tristeza”, disse a presidente com a voz embargada.

Dilma afirmou que pediu aos ministros que coloquem toda a estrutura dos ministérios à disposição para que possa ajudar nos trabalhos na cidade. A presidente disse que fez contato com o governador Tarso Genro avisando que antecipará o seu retorno do Chile e irá até a cidade gaúcha de Santa Maria, para prestar solidariedade aos familiares das vítimas do incêndio que atingiu a boate Kiss. Pelo twitter, Tarso Genro, que estaria na cidade ainda na manhã deste domingo. “Domingo triste! Estamos tomando as medidas cabíveis e possíveis. Estarei em Santa Maria no final da manhã".

Neste domingo, o Rio Grande do Sul amanheceu de luto com aquela que pode ser a pior tragédia da história do estado, em episódio que lembra o desastre ocorrido em Belo Horizonte, há 11 anos, no Canecão Mineiro. Novamente o endereço foi a Andradas, mas desta vez a rua gaúcha de Santa Maria, cidade com 270 mil habitantes. E assim como aconteceu na capital mineira, a irresponsabilidade de artistas e administradores da boate com o uso de sinalizadores para a promoção de um show pirotécnico em ambiente fechado é apontada como causa para a morte de jovens. Desta vez, ao invés de sete, o saldo já passa de 240 mortos.

Os bombeiros estão fazendo o rescaldo e procurando outras vítimas. Não podemos precisar o número exato. A maior parte dessas pessoas morreu asfixiada. Elas entraram em pânico e acabaram pisoteando umas às outras. O principal fator (para as mortes) foi a asfixia. O isopor gera uma fumaça muito tóxica", afirmou o comandante geral do Bombeiros, coronel Guido de Melo.


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