- "Foi um horror. Perdi um amigo muito próximo. As saídas de emergência eram insuficientes; perdi meu amigo de vista na confusão (...) Uma menina morreu em meus braços. Senti quando seu coração parou de bater. Só tinha visto isso no cinema (...) As barreiras de metal usadas para organizar as filas de espera bloquearam a evacuação. As pessoas se trombavam, caíam. Ajudei a levantar as barreiras. Os bombeiros também se intoxicavam com a fumaça (...) Mesmo correndo risco, as pessoas entravam na boate para tentar salvar vidas. As ambulâncias não davam conta do número de feridos. Não conseguimos usar a saída de emergência. Os que estavam no fundo da boate ficaram presos", contou o dentista Mattheus Bortolotto ao canal de TV Band News.
- "Gritamos: 'fogo, fogo', mas o segurança abriu os braços para manter a porta fechada. Uns cinco ou seis derrubaram o segurança e a porta. Era a única saída", disse Murilo de Toledo Tiecher ao site G1.
- "Todo mundo empurrava, foi questão de segundos. O fogo era pouco, mas, em questão de segundos, espalhou-se", contou Taynne Vendrusculo ao canal de TV Globo News.
- "A Gurizada tocava na festa, quando vi que iriam fazer um show pirotécnico. Foi aí que a faísca iniciou o fogo no teto. Íamos procurar o extintor para apagá-lo, mas, quando vimos, todo o local já estava em chamas. Pedimos às pessoas que saíssem, tinha muita gente ali. Durante o tumulto, começaram a ser pisoteadas (...) Tentamos resgatar pessoas, mas algumas tinham 80% do corpo queimado e não resistiram", disse o segurança Rodrigo à TV Globo.
- "Como eu estava perto da porta, graças a Deus saí correndo, e em cinco minutos estava do lado de fora. Uma pessoa me chamou para tirar fotos na área VIP, por isso eu estava ali, tinha uma visão melhor. Normalmente, fico no meio das pessoas, foi sorte. Achei que fossem apenas um fogos pequenos, ouvi a gritaria e achei que fosse uma briga. Foi quando ouvi gritarem: 'fogo!', vi a fumaça e saí correndo", descreveu a fotógrafa Fernanda Bona à Rede Globo.