Por estar em uma área vip da boate, que era próxima da saída, Taynne disse que não teve tantas dificuldades de deixar o local. "Quando vimos o fogo, nós saímos em um ou dois minutos de dentro muito bem. Mas as pessoas que saíram em seguida começaram a passar mal por causa da fumaça e a ter dificuldade de respirar", detalhou. Diferentemente de outras testemunhas, Taynne afirmou que a saída de emergência já estava aberta quando se caminhou para esta porta. Ela também disse que só havia uma saída de emergência no prédio, e que estava localizada ao lado da entrada principal.
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Do local que estava na boate, Taynne afirmou que a casa noturna não parecia estar superlotada. "O local estava cheio. A boate sempre está lotada, mas não parecia que havia superlotação nesta noite", disse. Ela também contou que a chegada da Polícia e do Corpo de Bombeiros ao local foi muito rápida, e que muitas pessoas ajudaram as autoridades quebrando os vidros e as paredes para facilitar a remoção das pessoas que estavam dentro da boate. "O início do resgate foi muito rápido", afirmou.
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Conforme os Bombeiros, as vítimas fatais morreram devido à inalação de fumaça tóxica. "A maior parte dessas pessoas morreu asfixiada. Elas entraram em pânico e acabaram pisoteando umas às outras. O principal fator (para as mortes) foi a asfixia. O isopor gera uma fumaça muito tóxica", afirmou o comandante geral dos Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido Pedroso de Melo.