Jornal Estado de Minas

Pelo menos 40 vítimas de incêndio em boate estão gravemente feridas

Ministro da Saúde fez apelo às vítimas que sobreviveram à tragédia, pedindo que elas procurem atendimento caso apresentem tosse ou falta de ar

Thaíne Belissa

- Foto: Jean Pimentel/Ag. RBS/Folhapress
O ministro da saúde Alexandre Padilha disse, em entrevista coletiva nesta tarde, que 92 vítimas do incêndio na Boate Kiss, estão internadas em diferentes hospitais na região de Santa Maria. Segundo ele, a maioria é vítima de intoxicação respiratória, mas 14 pacientes tiveram queimaduras graves e precisaram ser transferidos para hospital de referência em queimados em Porto Alegre. De acordo com o ministro, 30 pessoas estão respirando por aparelhos e 11 pacientes devem ser encaminhados ainda hoje para a capital.

“Já disponibilizamos mais 50 leitos de UTI em Porto Alegre caso seja necessário a trasnferência de mais pacientes. Os que  estão respirando por aparelhos são os receberão mais atenção em relação à necessidade de remoção”, explicou Padilha.

O ministro disse que já foram deslocados 20 respiradores e 30 ventiladores mecânicos, além de ambulâncias para atendimento das vítimas. “Também houve deslocamento de profissionais da Força Nacional do SUS, que atuaram no terremoto do Haiti e em outras tragédias, além da Força Aérea Brasileira, que tem profissionais treinados para a área de incêndio”, afirma.


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Alexandre Padilha destacou que outra prioridade nesse momento é o paio médico e psicológico às famílias das vítimas. " Há uma forte mobilização de voluntários que somaram esforço para dar esse suporte", afirmou.

O ministro também fez um apelo às vítimas que sobreviveram ao incêndio. Ele destacou que é comum o desenvolvimento de uma pneumonia tóxica, devido à inalação de fumaça. "É comum elas não sentirem nada nesse primeiro momento, mas podem evoluir a pnemonia dois, três e até quatro dias depois. Caso tenham falta de ar ou tosse, devem procurar o pronto-atendimento imediatamente", alertou.