Leia Mais
Mineiro escapa de incêndio em boate no Rio Grande do SulAdvogados divulgam nota em nome de donos da Boate KissGoverno divulga lista com 231 nomes de mortos na tragédia em Santa MariaSanta Maria faz ato ecumênico em homenagem às vítimasCrea-RS quer legislação federal para fiscalizar locais de grandes eventosRevolta e comoção marcam enterros de vítimas da tragédia em Santa MariaVítimas de incêndio em Santa Maria são enterradasPerplexidade em todo o mundo depois de tragédia no Rio Grande do SulTestemunhas relatam momentos de terror na boate em Santa MariaDe acordo com Alberto de Faria, arquiteto presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF (CAU-DF) e diretor do Centro de Planejamento da Universidade de Brasília (UnB), é imperativo que um lugar como uma boate de grande aglomeração de pessoas e com uma série de materiais inflamáveis, tenha medidas básicas de segurança. “A quantidade de saídas de emergência deve ser proporcional ao número de pessoas que o local acomoda. As portas de entrada, de saída e a de emergência devem estar em locais contrários e devem ser bem sinalizadas. O local da saída de emergência tem de ficar em uma posição que tenha como acesso um corredor de pouca circulação, para haver condições de tirar as pessoas do lugar rapidamente, sem tumulto”, lista.
A própria norma federal editada pelo Ministério do Trabalho em 1977 exige medidas preventivas e adequadas contra incêndios. De acordo com a norma, todas as empresas devem oferecer saídas suficientes para a rápida retirada das pessoas em serviço, equipamento suficiente para combater o fogo em seu início, além de pessoas treinadas no uso correto destes.
DOCUMENTAÇÃO
O princípio básico para a liberação de alvarás para casas noturnas e espaços de shows é a existência de projetos para prevenção e para situações emergenciais, segundo Maurício de Carvalho, engenheiro especializado na prevenção de incêndios e dono de empresa que faz laudos técnicos para segurança de shows em Minas Gerais. “Hoje a maioria dos estados tem decretos específicos que definem requisitos mínimos, listas que trazem como deve funcionar a saída de emergência e itens de segurança que devem estar no ambiente. São poucas as diferenças entre essas regras.”
Segundo o engenheiro, ligadas às prefeituras existem outras exigências, relacionadas a questões ambientais, planos de risco e vigilância sanitária. Em BH, as regras que cada edificação deve cumprir dependem do tamanho e do número de frequentadores. “Um espaço com 300 metros quadrados terá que atender a requisitos diferentes de um lugar com 3 mil. Os itens básicos são iluminação de emergência, saída sinalizada, brigadistas no local, número de extintores e hidrantes por ambiente”, diz Maurício. A proporção de cada item para as casas noturnas deve ser definida de acordo com o que será relatado na vistoria feita pelos bombeiros. No projeto emergencial é exigido comentários sobre os brigadistas que estão qualificados para atuar caso seja preciso.
(Colaborou Marcelo da Fonseca)