O sub-comandante geral do 4° comando do Corpo de Bombeiros, Gerson de Rosa Pereira, afirmou, nesta terça-feira, que o plano de prevenção a incêndios da Boate Kiss estava dentro do padrão. Ele explicou que a porta de saída da boate tinha o tamanho exigido para a evacuação segura no caso de acidentes, mas que, oficialmente, a boate comportaria apenas 691 pessoas. De acordo om os Bombeiros, haviam cerca de 1500 pessoas dentro da boate no momento do incêndio. Gerson de Rosa chefiou a operação de salvamento das vítimas da tragédia que abalou a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e deixou 231 pessoas mortas.
O sub-comandante explicou que o problema na estrutura da boate foram os obstáculos construídos pelos donos, como balcões, mesas, corredores, entre outros e comparou o sistema de evacuação de boates à corrente sanguínea. "Se tem gordura no caminho, há problemas sérios".
A tragédiaMais de 230 pessoas morreram após incêndio que atingiu a Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na madrugada desse domingo. Testemunhas disseram que o fogo começou quando a banda Gurizada Fandangueira acionou um sinalizador, durante show pirotécnico. Faícas teriam atingido o teto e provocado o incêndio.
Mais de 100 pessoas ficaram feridas e foram internadas em diferentes hospitais da região de Santa Maria. Pacientes em estado mais grave precisaram ser transferidos para Porto Alegre. De acordo com os bombeiros, a maioria das vítimas morreram por asfixia, pois o fogo em contato com a espuma do teto produziu uma fumaça tóxica.