Jornal Estado de Minas

Banda comprou sinalizador exclusivo de ambientes aberto, diz delegado

De acordo com Marcelo Arignony, a escolha teria sido porque o artefato era mais barato que o adequado para ambientes fechados

Correio Braziliense

  - Foto: Wilson Dias/ABr

Em entrevista coletiva, realizada nesta terça-feira (29/12), o delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arignony, afirmou que a banda Gurizada Fandangueira utilizou um sinalizador indicado para ambientes abertos.

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De acordo com as informações da polícia, o sinalizador utilizado pela banda era mais barato e não adequado para ambientes fechados, como a boate Kiss. O equipamento teria provocado o incêndio que causou a morte de 234 pessoas na madrugada de domingo (27/1).
O delegado disse que os integrantes da banda, em depoimento, indicaram o artefato utilizado. Segundo ele, o motivo teria sido o preço do artefato.

"Eles compraram um sinalizador de pirotecnia mais barato, que sabiam que era exclusivamente para ambientes abertos porque era mais barato. Esse era R$ 2,50, e o outro R$ 70. Eles sabiam disso, usaram este modelo para economizar”, colocou o delegado.

Boate

O delegado também responsabilizou a boate Kiss pelos acontecidos. Ele elencou uma série de irregularidades, como uma reforma interna sem comunicação com a prefeitura, a ausência de iluminação de emergência, a porta fora do padrão, extintores vencidos e espuma inadequada para recobrir a danceteria.

"Por tudo isso, qualquer criança vê que esta casa não poderia estar funcionando. O conjunto todo mostra uma irregularidade total. O conjunto todo mostra que esta casa não podia estar funcionando", afirmou.

O delegado também ressaltou que abriu um processo para investigar a responsabilidade do Corpo de Bomberiros e da prefeitura de Santa Maria, e se houve improbidade administrativa.