Jornal Estado de Minas

Anvisa ajuda em investigação sobre mortes após ressonância em São Paulo

Agência Estado
Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Saúde, chegaram nesta quarta-feira a Campinas, no interior de São Paulo, para auxiliar nas investigações sobre as causas das mortes de três pacientes, após a realizarem exames de ressonância magnética na segunda-feira, no hospital Vera Cruz.
A equipe está no Centro Radiológico do hospital junto com a equipe multidisciplinar formada pela Secretaria Municipal de Saúde para apurar o caso. As principais suspeitas são de que pode ter havido problemas nos produtos utilizados no contraste. Por conta dessa suspeita, as Secretarias de Saúde do Estado e de Campinas interditaram os lotes de produtos utilizados nos exames de ressonância magnética das vitimas. São quatro marcas de soro e duas de gadolínio - produto usado no contraste (composto químico utilizado no exame para melhorar a qualidade das imagens e do diagnóstico).

As vítimas foram dois homens, de 36 e 39 anos, e uma mulher, de 25 anos. Eles tiveram parada cardiorrespiratória após fazerem o exame. Dois começaram a passar mal minutos depois do exame e um paciente chegou a deixar a unidade médica, mas retornou após sentir dores.

Nesta quarta-feira o Instituto Adolfo Lutz inicia as análises dos artigos médicos hospitalares e outros produtos farmacêuticos utilizados nos procedimentos de ressonância magnética. O Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas informou que o serviço de ressonância do hospital vai ficar interditado até que se conclua a investigação.

A Secretaria de Saúde informou também que a partir desta quarta-feira os exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada em Campinas estão liberados, desde que não sejam utilizados os produtos interditados. Na terça-feira todo tipo de exame com uso de contraste foram suspensos.

A diretora da vigilância de Campinas, Brigina Kemp, informou que possíveis falhas nos equipamentos estão praticamente descartadas.

Produtos interditados

- Soro fisiológico 250 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 252731. Validade 08/2014.

- Soro fisiológico 500 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 249031. Validade 08/2014.

- Soro fisiológico 250 ml, fabricado por Eurofarma Laboratórios Ltda, lote 245825. Validade 07/2014.

- Soro fisiológico 10ml, laboratório Samtec. Lote: SOG Validade 02/2014.

- Soro fisiológico 10ml, laboratório Samtec. Lote: SSN Validade 05/2014.

- Soro fisiológico 10ml, laboratório Equiplex. Lote: 1230970 Validade 07/2014.

- Contraste Dotaren, laboratório Guebert. Lote: 12GD324C Validade 10/2015.

- Contraste Magnevistan, laboratório Bayer. Lote 11568D Validade 03/2015.