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Moradores de assentamento invadem Instituto LulaMoradores de assentamento em Goiás esperam regularização da área pelo IncraAssentamento de trabalhadores rurais ganha agilidade no Distrito FederalNa semana passada, integrantes do Assentamento Milton Santos ocuparam na capital paulista a sede do Instituto Lula e a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em protesto contra a reintegração de posse e para pedir a intercessão do ex-presidente da República na questão.
No final do ano passado, em outra ação para garantir a permanência dos assentados, manifestantes ocuparam o escritório da Presidência da República em São Paulo para pressionar a presidenta Dilma Rousseff a assinar um decreto de desapropriação do Assentamento Milton Santos.
O conflito pela área teve início em 1976, quando as terras foram confiscadas pelo governo para pagamento de dívida da família Abdalla com a União. Em 1996, a família ganhou na Justiça o direito de retomar a propriedade, mas, segundo o movimento, a matrícula foi mantida em nome do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
No final de 2005, o INSS passou a área para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que assentou as famílias há seis anos. No entanto, no ano passado, os proprietários da Usina Ester reivindicaram, na Justiça a reintegração de posse na qualidade de arrendatários, conforme contrato que tinham firmado com o Grupo Abdalla, antigos proprietários.
Segundo a Advocacia-Geral da União, a liminar foi deferida na ação de oposição apresentada em defesa do INSS que busca comprovar a titularidade da área. A AGU também informa que há documentos comprovando, em registros imobiliários, que o imóvel está em nome do instituto.
Uma das coordenadoras do assentamento, Luciana Henrique da Silva, informou que a suspensão da retirada animou os assentados. “Existem planos de aumentar e diversificar o plantio que é, basicamente, de verduras e legumes, e de participar de concorrências públicas para fornecer alimentos às escolas”, contou ela. Segundo ainda relatou, no local vivem em torno de 200 pessoas.