Leia Mais
Ministro da Saúde afirma que mais de 500 pessoas foram atendidas após incêndioAdvogado de dono de boate diz que operação de resgate dos bombeiros foi "desastrosa"Advogado de dono da boate Kiss descarta homicídio dolosoPrefeito de Santa Maria nega jogo de empurra e diz que incêndio em boate foi fatalidadeMP vai ouvir funcionários da prefeitura e bombeiros de Santa MariaVítima da Kiss internada em UTI fala com pai pela 1ª vezCanecão Mineiro é exemplo para o SulFamiliares de vítimas que estão no CTI se agarram à esperançaBoate vendeu mais ingressos do que o local suportavaFumaça de incêndio de boate leva mais 23 para hospitalPolícia faz reconstituição do incêndio na Boate KissCentro de ciências rurais da UFSM perdeu 64 alunos com a tragédiaMP gaúcho quer fim de alvará provisório em casas noturnasA defesa do proprietário negou a mudança dos extintores e diz que o uso da espuma inflamável foi indicado por uma empresa de engenharia, cujo nome não foi divulgado. "Preciso ter a certeza de tudo para dizer nomes, mas não foi o Kiko que teve a ideia de comprar a espuma, ele teve uma assessoria técnica", afirmou o advogado Jairo Marques. Ele, porém, admite que a colocação da espuma não foi comunicada ao Ministério Público Estadual, com quem o estabelecimento tinha um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado.
As modificações no isolamento acústico da casa podem ter sido decisivas para a causa da tragédia - foram as faíscas de um sinalizador usado pela banda Gurizada Fandangueira que entraram em contato com a espuma e produziram uma fumaça tóxica que matou a maior parte das 235 vítimas. A colocação da espuma, segundo a polícia, também rebaixou o teto da boate, que ficou mais próximo do palco. No projeto original de isolamento acústico indicado pelo MP, só haviam duas camadas, uma de gesso e outra de cera com vidro. A espuma foi colocada na terceira e última camada, abaixo do gesso e da cera.
O delegado regional Marcelo Arigony, chefe das investigações da tragédia, acha que as evidências contra o dono da boate embasam a prorrogação do pedido de prisão temporária de cinco dias dos quatro suspeitos presos e cujo prazo vence no fim da semana. Para a defesa, porém, os argumentos da prisão temporária não possuem mais validade.
"A prisão temporária foi justificada sob a suspeita de que os donos tinham escondido câmeras do circuito interno de segurança. Mas tenho aqui uma assinatura do dono da empresa que fazia a manutenção dos equipamentos dizendo que eles não estavam funcionando", mostrou o advogado. Kiko está internado em Cruz Alta, a 130 quilômetros de Santa Maria. "Ele só saiu da cidade por receio de ser hostilizado."