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Depoimentos apontam que dono rebaixou teto de boate KissMinistro da Saúde afirma que mais de 500 pessoas foram atendidas após incêndioAdvogado de dono de boate diz que operação de resgate dos bombeiros foi "desastrosa"Advogado de dono da boate Kiss descarta homicídio dolosoPrefeito de Santa Maria nega jogo de empurra e diz que incêndio em boate foi fatalidadePolícia faz reconstituição do incêndio na Boate KissSe considerados os totais por curso, incluindo-se todos os semestres, Agronomia perdeu 26 pessoas, Medicina Veterinária e Tecnologia de Alimentos 15 cada, Zootecnia cinco, Engenharia Florestal dois e Mestrado em Agronomia um. A dor também espalhou-se pot todo o Rio Grande do Sul porque os cursos são muito procurados por estudantes de regiões de produção agropecuária, um setor que puxa a economia gaúcha. "Não há como descrever a sensação que estamos sentido", diz Guinter Jacobi, 25 anos, de Bento Gonçalves, estudante do sexto semestre de Agronomia, que perdeu o amigo Leonardo Karsburg, de Uruguaiana, e voltou do litoral depois da tragédia. "É triste pensar que muitos dos nossos conhecidos não realizarão um sonho comum a todos nós, que era o da formatura".
Alessandra Bridi, 21 anos, acadêmica do sexto semestre de Veterinária, chamou a família de Vista Alegre para ter companhia para suportar esta semana. "Se eu fosse para a minha cidade acho que ia ficar louca", afirma. "Ir para casa ficaria complicado", complementa Rafael De Bem, 22 anos, do quarto semestre do mesmo curso, e natural de Palmeira das Missões. "Aqui estamos com amigos que sofreram a mesma dor e ficamos consolando uns aos outros".
Apesar da repercussão mundial, os estudantes repetem que "a ficha ainda não caiu", revelando o período de perplexidade pós-tragédia. "Não dá para acreditar que foi aqui, com a gente", revela Rafael Beck, 20 anos, também do quarto semestre de Veterinária e morador de Santa Maria. "Parece que eles (as vítimas) foram para casa e voltarão de um período de férias nos próximos dias". Além de se solidarizar com "a galera", o professor de Nutrição Animal, Leonir Pasqual, 51 anos, lembra dos pais. "Os alunos vão sobreviver com traumas", prevê, lembrando que, para os pais não há dor maior do que enterrar um filho.