No dia seguinte após o primeiro ataque, que ocorreu em 30 de janeiro, viaturas da Polícia Militar passaram a fazer escoltas a ônibus em Florianópolis. As cidades de Criciúma, no sul do estado, e Joinville, na região nordeste, também contam com a proteção extra.
De acordo com a PM, o maior efetivo para essa operação está em Joinville, com 43 policiais e 12 viaturas. Em Criciúma, não há interrupção ou diminuição do horário de circulação dos ônibus, pois a escolta funciona 24 horas nas linhas mais críticas.
Por volta das 21h, no Ticen, passageiros reclamavam da demora e da lotação dos ônibus. “Agora, levo até duas horas para chegar em casa. Antes, fazia em uma hora. Tem segurança, mas os ônibus estão demorando muito a sair por conta da escolta ”, diz o empacotador Lucas Batista, 18 anos.
O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Florianópolis (Sintraturb) acompanhou os embarques dos passageiros durante a noite de ontem no centro. “Estamos aqui para garantir que nenhum ônibus saia sem escolta”, declarou Denísio Linder, secretário de Comunicação da entidade.
Para Linder, o ideal seria que a escolta fosse feita em horário ampliado, mas reconhece que o efetivo policial não daria conta da frota de 1,1 mil ônibus do sistema municipal.
O instrutor de tráfego Leandro Marchi, da empresa Transol, está apreensivo com a segurança dos motoristas e cobradores que trabalham na empresa. “São colegas de trabalho. A gente fica preocupado. Com a escolta é bem mais seguro, mas ela não pega todo mundo”.
A escolta de ônibus do transporte público foi uma das ações anunciadas pelo governo estadual para conter a série de ataques em Santa Catarina. Foram anunciados ainda o reforço do policiamento em áreas identificadas como possíveis alvos e a instalação da sala de situação da PM.