Jornal Estado de Minas

Sequestradora de Pedrinho tem pena reduzida e está livre

Vilma Martins, condenada a 15 anos e nove meses de prisão, não deve mais nada para a Justiça

Tomaz de Alvarenga

Pedrinho encontra seus pais biológicos, no final de 2002 - Foto: NEHIL HAMILTON/CBPRESS

Em 2003, Vilma Martins Costa foi condenada a 15 anos e nove meses de prisão por ter sequestrado o recém-nascido Pedro Junior Rosalino Braule Pinto (que ela registrou como Oswaldo Martins Borges Júnior) em Brasília no ano de 1986.

Vilma teria que cumprir pena até 2019 por sequestro, parto suposto, falsidade ideológica e estelionato. Mas foi beneficiada pela legislação nacional, tendo pena reduzida em oito anos.


Após cinco anos de regime fechado, a sequestradora teve o direito do regime semiaberto, quando ela apenas dormia no presídio. No ano seguinte, ela ganhou liberdade condicional, passando a dormir em casa. Desde o final de 2011, ela está oficialmente livre.

Entenda o caso

O caso ficou conhecido em todo o país em 1986, quando Jayro e Maria Auxiliadora Tapajós (pais do garoto) promoviam buscas ao filho, que foi sequestrado na maternidade no dia 21 de janeiro do mesmo ano, poucas horas após o nascimento.

Dezesseis anos depois, Gabriela Borges, então com 19 anos, neta do ex-marido de Vilma, desconfiava que Pedrinho não era neto de sua avó. A jovem começou a pesquisar em sites de crianças desaparecidas e percebeu semelhanças de Pedrinho com a foto do pai biológico, Jayro Tapajós, acionando o SOS Criança, por denúncia anônima.

Testes de DNA foram realizados e confirmaram que Osvaldo, de fato era Pedrinho, filho de Jayro e Maria. Ele conheceu seus pais biológicos no final de 2002.