O número de mortes nas estradas federais caiu 18% no carnaval deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), morreram 157 pessoas no período de carnaval em 2013 contra 192 em 2012. As quedas foram registradas também nas quantidades de feridos - foram 19% a menos - e no total de acidentes - decréscimo de 10%.
Do total de mortes, 70 ocorreram em acidentes com colisão frontal. Outras 32 mortes ocorreram por falta de atenção - como uso de celular, manuseio do som do carro, entre outros - e 25 por ultrapassagem indevida.
Além do endurecimento da Lei Seca, que adotou a tolerância zero para a mistura de álcool e direção, o ministro da Justiça destacou o aumento do efetivo da Polícia Rodoviária Federal - são mais 1,1 mil policiais desde o carnaval de 2012 - e a consequente intensificação da fiscalização como motivos da melhora dos índices.
Cardozo destacou ainda uma mudança na metodologia de atuação, com mapeamento de 100 pontos críticos das estradas, bem como a interação com as Polícias Rodoviárias Estaduais.
De acordo com os números da PRF, foram feitos 86.224 testes de consumo de bebida alcoólica, o que representa aumento de 183% na comparação com 2012. O consumo de bebida alcoólica levou à atuação de 1.932 motoristas, que tiveram a carteira de habilitação recolhida, dos quais 607 foram presos.
O ministro elogiou os esforços do Congresso Nacional em agilizar a votação de novas regras para a Lei Seca - o projeto que endureceu a legislação foi aprovado em dezembro do ano passado e além de não tolerar consumo de qualquer quantidade de bebida, aumentou a multa para os flagrados embriagados ao volante de R$ 957,70 para R$ 1.915,40 - mas avisou aos motoristas: "Se alguém pensa que o rigor vai terminar depois do carnaval, esqueça. A fiscalização continua firme, continua rigorosa, e quem beber será punido", disse.