Morro Uma das operações estratégicas ocorreu na manhã de ontem, no Morro do Horácio, comandado pela mulher do traficante Rodrigo da Pedra, atualmente preso. Alvo principal das buscas, ela não foi encontrada, mas familiares do casal foram detidos para interrogatório.
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Santa Catarina registra novos ataquesBase da PM é atacada e número de ocorrências em Santa Catarina chega a 112Governador catarinense diz que omitiu envio de tropas para garantir sucesso das medidasCom mais quatro ataques, chega a 111 número de ocorrências em Santa CatarinaO ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, negou que exista a possibilidade de a transferência de presos fortalecer os criminosos e aumentar a rede de contatos deles com outras facções. Em 2010, quando a existência da facção foi assumida em Santa Catarina, 40 presos foram transferidos para presídios federais. Foi depois de eles voltarem para as penitenciárias do estado que os ataques ocorreram. "Lá eles são isolados e seus contatos são cortados", garantiu o ministro.
Reunidos em Florianópolis, Colombo e Cardozo anunciaram o início da Operação Divisa, pela qual pretendem combater o tráfico de drogas e "quebrar as organizações criminosas", que reconheceram estar por trás dos atentados. O ministro informou que a operação será executada por terra, ar e mar. "Teremos barreiras em todos os lugares e horários, mas aí vocês vão me perguntar ’onde’, ’quando’. Eu não posso responder a isso." A operação prevê o uso de um escâner veicular pela Polícia Rodoviária Federal para detectar drogas e armas com maior rapidez. Outra medida anunciada é uma revisão nos processos dos 17, 2 mil presos no estado, para aliviar a tensão nas prisões – muitos detentos reclamam de atraso em progressão de regime, por exemplo.
O ministro da Justiça não revelou quantos homens da Força Nacional estão no estado e disse que, se for necessário, outros presos serão transferidos. Cardozo detalhou os procedimentos dos governos federal e estadual no enfrentamento à crise, que, segundo ele, começaram com a formação de "um grupo de inteligência" e culminaram com o envio da Força Nacional. "Não se resolve um problema desses em um passe de mágica", disse, antes de também desculpar-se pelo silêncio durante o processo. "Em segurança pública não se podem dar dados que inviabilizem a operação", afirmou.