Jornal Estado de Minas

Base da PM é atacada e número de ocorrências em Santa Catarina chega a 112

Agência Brasil
Brasília - Mais uma base da Polícia Militar de Santa Catarina foi atacada durante a madrugada desta quarta-feira. Segundo boletim da corporação, os responsáveis pelo ato violento quebraram o vidro da janela dos fundos e, usando combustível, atearam fogo na unidade, localizada na Rua Oswaldo Aranha, Bairro Araucária, no município de Lages, na serra catarinense.
A polícia informou que houve apenas danos materiais. A base fica ativa somente durante o dia e à noite são realizadas rondas pela viatura da área, para guarnecer o local. O fogo foi combatido pelos bombeiros.

Com mais esse episódio, as autoridades contabilizam 112 ocorrências, em 37 municípios, associadas à série de atos violentos que ocorrem no estado desde 30 de janeiro. Os últimos ataques registrados pela polícia foram na madrugada de segunda-feira, quando três ônibus foram incendiados em Rio Negrinho e um carro foi parcialmente queimado em Joinville, ambos municípios do norte do estado.

De acordo com a assessoria de imprensa do governo de Santa Catarina, dois presos suspeitos de liderar os ataques de dentro das celas foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho (RO) na madrugada de hoje. Um terceiro detento também será transferido para o mesmo local.

No último fim de semana, 37 presos já haviam sido levados para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Eles também são apontados pela polícia como suspeitos de terem ordenado os atentados no estado de dentro das cadeias.

Ontem, a polícia catarinense prendeu, em um bairro de classe média de Florianópolis, um dos principais investigados por envolvimento com o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e com os ataques no estado. Segundo o governo de Santa Catarina, ele é cunhado do traficante Rodrigo de Oliveira, conhecido como Rodrigo da Pedra, um dos líderes da facção criminosa, que está entre detentos transferidos, no sábado, para o presídio em Mossoró.