O Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo foi relançado em cerimônia na segunda-feira em São Paulo. A premiação não era realizada desde 2002. Esta será a sua décima edição e irá distribuir R$ 76 mil em prêmios a 11 diferentes categorias. As inscrições podem ser feitas até 20 de maio.
Manuel Alceu Ferreira, advogado do jornal O Estado de S.Paulo, relatou a censura que o jornal sofre há mais de três anos, ao ser impedido de publicar informações relativas à operação Boi Barrica da Polícia Federal, que envolve o empresário Fernando Sarney, filho do senador José Sarney (PMDB-AP).
Ele defendeu a volta da Lei de Imprensa, adaptada aos princípios democráticos. O texto original foi revogado em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal - era uma das últimas legislações do tempo da ditadura ainda em vigor.
Já a advogada do jornal Folha de S.Paulo, Taís Gasparian, afirmou não ser favorável a uma nova lei, mas defendeu a necessidade de regulamentação em algumas áreas.
O diretor da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Guilherme Alpendre, afirmou que na entidade há correntes que defendem as duas ideias. Ele fez ressalvas a dados que colocaram o Brasil no topo do ranking de países onde seria perigoso exercer a profissão.