“Obviamente, comemoramos o fato de ter sido a primeira noite e madrugada sem qualquer ocorrência, mas nenhuma medida, nenhum cuidado está sendo relaxado. A situação tende a melhorar, até porque desde o dia 16 de fevereiro, quando se iniciaram as transferências, os casos se reduziram drasticamente, mas toda a inteligência está atenta e as polícias continuam mobilizadas”, disse, acrescentando que após a transferência dos presos foram contabilizados 51 atos de vandalismo. Ao todo, desde janeiro, houve 113 ocorrências em 37 cidades.
“Muita gente se aproveitou da exposição da situação na mídia para praticar atos de vandalismo e ganhar seus cinco minutos de fama. Em um dos episódios, eles conseguiram entrar em rede nacional por terem incendiado uma lixeira”, disse.
O último ataque, segundo a PM, ocorreu na madrugada de segunda-feira (25), quando dois homens em uma moto atiraram em direção a residências próximas à casa de um policial militar, no município de Criciúma. De acordo com a perícia, a dupla efetuou 12 disparos, mas não houve feridos e ninguém foi preso.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil catarinense informou que autoridades da segurança pública estão reunidas hoje (27) para fazer um balanço da atuação da força-tarefa criada para cumprir 97 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de envolvimento com a série de ataques.
Embora a corporação não tenha informado o número atualizado de mandados cumpridos, aponta que foram presas, desde 30 de janeiro, 103 pessoas. A Polícia Civil reiterou que todas as forças de segurança no estado vão continuar mobilizadas por tempo indeterminado. Antes de começarem os ataques, o setor de inteligência indicava a possibilidade de atos violentos a partir de 3 de março, em comemoração à fundação de uma facção criminosa da região.