A perícia detectou a presença de monóxido de carbono e cianeto no sangue de duas das 239 vítimas da tragédia da boate Kiss, em Santa Maria (RS). Os dois laudos, encaminhados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) aos delegados que investigam o caso, foram anexados ao inquérito nesta sexta-feira. Outras análises devem chegar aos investigadores nos próximos dias e é provável que confirmem os resultados iniciais.
O delegado Marcelo Arigony, da equipe que investiga o caso, disse que os laudos iniciais confirmam as informações preliminares de especialistas de diversas áreas. Na madrugada da tragédia, centenas de frequentadores da boate inalaram os gases tóxicos gerados pela queima da espuma de revestimento da casa noturna enquanto tentavam sair. Muitos deles caíram desacordados em poucos minutos. O incêndio foi provocado pela fagulha de um artefato usado em show pirotécnico pela banda Gurizada Fandangueira. Os extintores não funcionaram. Não havia sinalização de emergência nem saída de emergência. Houve tumulto e muitas pessoas não conseguiram chegar à única porta para a rua.