O corpo de Pedro Falcão Pinheiro foi velado ontem no salão nobre da prefeitura e sepultado no Cemitério dos Sinos, em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, na fronteira do Brasil com o Uruguai. O jovem de 25 anos morreu no sábado (02) de manhã, no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, onde estava internado havia 34 dias, tornando-se a 240.ª vítima do incêndio da boate Kiss, de Santa Maria, em 27 de janeiro.
Cerca de mil pessoas foram ao velório ou acompanharam o cortejo fúnebre. Como amava as atividades tradicionalistas, o jovem foi homenageado por um grupo de cavaleiros. Vestidos com trajes típicos gaúchos, eles seguiram o caminhão dos bombeiros que transportou o caixão.
Pinheiro havia estudado no Centro Universitário Franciscano e trabalhava na América Latina Logística. Ele estava na boate de Santa Maria quando um incêndio, provocado por fagulha de um show pirotécnico, destruiu o revestimento de espuma da casa. A maioria das vítimas morreu asfixiada por gases tóxicos. Pinheiro também sofreu graves queimaduras. Das 145 pessoas internadas por causa da tragédia, 21 ainda estão em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre.
Esvaziamento
Em Porto Alegre, centenas de frequentadores do bar Ocidente, no bairro Bom Fim, tiveram de sair da casa noturna na madrugada de domingo (03). A interrupção da festa e o esvaziamento do bar foram solicitados pelos bombeiros, que enviaram uma equipe ao local depois de receberem reclamações, por telefone, de superlotação do espaço.
Em Santa Maria, as casas noturnas que comprovaram estar com documentação e esquema de segurança em dia voltaram a funcionar no fim de semana, depois de cinco semanas de fechamento compulsório, imposto pela prefeitura.