Favelas cariocas ocupadas ontem recebem mutirão de serviços
Comunidades do Caju e da Barreira do Vasco foram ocupadas sem resistência
De acordo com o secretário de Conservação do município, Marcos Belchior, a chegada de serviços básicos às comunidades representa um renascimento. "O que nós estamos vendo hoje nessas comunidades é uma revolução. Antigamente, o poder público não conseguia chegar a essas áreas por motivos óbvios, e durante anos a população ficou carente desses serviços primários. Nós vimos nos olhos das pessoas a esperança de um recomeço", disse Belchior.
Desde as primeiras horas da manhã, 160 homens trabalham com o apoio de quatro caminhões com equipamentos para desobstruir ralos e galerias de esgoto. A Companhia Municipal de Energia e Iluminação da Prefeitura (Rioluz) está com oito caminhões com cestos aéreos, cinco kombis, um caminhão-baú e mais de 50 homens atuando nas comunidades.
Já a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) disponibilizou 80 funcionários, três ônibus, sete caminhões e quatro pás mecânicas para auxiliar na limpeza da região. A operação, até o momento, já recolheu mais de 25 toneladas de lixo. Dez guardas municipais também participam da operação.
Durante a tomada das favelas no domingo (3), a polícia prendeu 16 suspeitos. A ação teve, em números atualizados, o apoio de 1.820 agentes das policias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal, que atuaram em 17 viaturas. No total, foram apreendidos 93 kg de pasta-base para fabricação de cocaína, além de armas e munições.
A Secretaria de Segurança confirmou a instalação da 31ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo do Caju, mas esclareceu que ainda não há prazo para a entrega da unidade.