Segundo a diretora da associação, Rosane Gutjhar, o fato de os dois norte-americanos continuarem pilotando aviões após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região tê-los condenado a três anos, um mês e dez dias em regime aberto é um desrespeito a acordos assinados pelos Estados Unidos, como, por exemplo, a Convenção Sobre Aviação Civil Internacional, também conhecida como Convenção de Chicago, estabelecida pela Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci).
“De que adianta haver acordos se os Estados Unidos não os cumpre por se sentirem superiores? Precisamos que o Itamaraty cobre dos Estados Unidos o respeito aos acordos, cobrando medidas práticas”, declarou Rosane à Agência Brasil, logo após se reunir com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, da Presidência da República, Maria do Rosário, a quem foi pedir o apoio político à luta da associação.
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“Então eles vêm ao Brasil, matam 154 pessoas por imperícia e negligência, voltam para os Estados Unidos, dizem que nosso país é terra de índio, continuam a pilotar e o governo brasileiro vai deixar por isso mesmo?”, questiona Rosane.