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Governo vai prestar assistência a brasileiras em situação de violênciaA cada hora, dez mulheres foram vítimas de violência no Brasil em 2012 Profissionais de segurança pública têm dificuldade de conciliar dupla jornadaCom cerca de 10% de mulheres entre os policiais militares 16% entre os bombeiros, as declarações dadas pelas entrevistadas ao MJ revelam o ambiente sexista no qual estão inseridas. “Sempre é muito difícil comunicar assédio moral por conta do corporativismo dos superiores e da omissão dos companheiros, que temem represálias”, disse uma escrivã fluminense.
De acordo com a pesquisa, as instituições não oferecem apoio para vítimas de assédio e canais de denúncia confiáveis, “que não resultem em novas punições e constrangimentos para vítimas”. Outro problema apontado no encaminhamento das denúncias “é a remoção da pessoa assediada, nunca a da que assedia”, o que acaba revertendo a punição, afirma o levantamento.
“As mulheres na polícia tendem, não a esconder, mas a não falar (sobre os assédios) porque isso pode significar um rebaixamento ou perseguição”, disse a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, citada na pesquisa, Maria Cecília Minayo. “As instituições não assumem o problema porque as mulheres não dão queixa. Mas elas não dão queixa porque têm medo”, explicou.
Cecilia Minayo acrescentou que, no Rio, os problemas são apresentados as chefias. “É mais fácil para os pesquisadores colocar o dedo nessa ferida (do que para essas mulheres”. E cobrou apoio da sociedade por melhores condições de trabalho e salários tanto para mulheres quantos homens policiais. “Eles não são robôs. Não podemos cobrar apenas desempenho”.
Até a publicação desta notícia, a Polícia Civil não resapondeu à Agência Brasil sobre a participação de mulheres em seus quadros no Rio nem sobre possíveis casos de assédio sexual, moral ou comportamento discriminatório na corporação.