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Estado de Minas

Alga em sapato de Mizael era a mesma de represa onde corpo foi encontrado

Perito disse que o organismo achado em sapato de réu é do mesmo tipo encontrado em lago onde o corpo da advogada Mércia Nakashima foi abandonado


postado em 11/03/2013 17:36 / atualizado em 11/03/2013 17:40

O biólogo do Instituto de Botânica, Carlos Eduardo de Mattos Bicudo, que deu parecer técnico sobre a alga achada no sapato do ex-policial militar Mizael Bispo afirmou que a ramificação é a mesma presente no lago em que o corpo da advogada Mércia Nakashima, assassinada em 2010, foi encontrado.

"Esse sapato pisou, necessariamente, na represa (de Nazaré Paulista)", declarou, em depoimento na tarde desta segunda-feira (11). O biólogo afirmou que o tipo de alga encontrado é de água doce e mais paradas e não em água salgada e em locais com correntezas.

Mais cedo, Márcio Nakashima, irmão de Mércia Nakashima, prestou depoimento de quase três horas. Ele disse que viu o acusado de matar a irmã com uma arma na mão em 11/6/2010. Neste dia, o réu foi visto próximo à represa onde o corpo da vítima foi encontrado.

Ainda em resposta aos advogados de defesa de Mizael, Márcio disse que não tentou convencer a irmã que se separasse do acusado. Por diversos momentos, a testemunha não se lembrou com precisão de dias e datas questionadas. Ivon Ribeiro é o último advogado de defesa do réu a fazer perguntas para o irmão da vítima.

Entenda o caso

Mizael Bispo de Souza é julgado pela morte de sua ex-namorada Márcia Nakashima. O crime aconteceu em maio de 2010, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo.

Dia 23 de maio de 2010, Márcia desaparece após deixar a casa da família em Guarulhos (SP). No início de junho, é encontrado o carro de Márcia, junto de seu corpo na represa de Nazaré Paulista, no interior do estado. Testemunhas afirmaram que viram Mizael empurrando o carro para a água. 

É decretada a prisão preventiva de Mizael e do vigilante Evandro Bezerra da Silva, que teria participação no assassinato. Laudo comprova que Márcia foi morta com um tiro no maxilar.

Em fevereiro de 2012, Mizael se entrega para a Justiça. Em junho do mesmo ano, Evandro é localizado e preso em Alagoas. O julgamento começou nesta segunda-feira, 11 de março. Os réus negam as acusações.


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