No segundo depoimento desta terça-feira, a corretora de imóveis Rita Maria de Souza, que possuía uma sala no mesmo prédio em que Mizael Bispo de Souza e Mércia Nakashima mantinham escritório de advocacia, afirmou que o casal possuía um bom relacionamento e que nunca presenciou nenhum problema entre ambos.
A defesa de Mizael crê que o depoimento prova que Mizael não teria motivos para matar Mércia e que ele sempre foi cordial com a vítima.
"Mizael ligou para Mércia 41 vezes"
A segunda testemunha da defesa, o investigador Alexandre Simoni Silva, pediu para que sua imagem não fosse divulgada. Ele participou das investigações sobre os dados referentes a telefonia dos envolvidos.
Ele disse que as análises sobre o telefone de Mizael Bispo de Souza após o crime, não condizem com o depoimento do réu. Mizael ligou para Mércia 41 vezes de um telefone fixo, disse a testemunha. Ele disse ainda que não se lembra o endereço do número, mas acredita que seja da casa de Mércia Nakashima.
O julgamento ocorre no Fórum de Guarulhos e a previsão é de que ele se encerre na sexta-feira.
Entenda o caso
Mizael Bispo de Souza é julgado pela morte de sua ex-namorada Márcia Nakashima. O crime aconteceu em maio de 2010, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo.
Dia 23 de maio de 2010, Márcia desaparece após deixar a casa da família em Guarulhos (SP). No início de junho, é encontrado o carro de Márcia, junto de seu corpo na represa de Nazaré Paulista, no interior do estado. Testemunhas afirmaram que viram Mizael empurrando o carro para a água.
É decretada a prisão preventiva de Mizael e do vigilante Evandro Bezerra da Silva, que teria participação no assassinato. Laudo comprova que Márcia foi morta com um tiro no maxilar.
Em fevereiro de 2012, Mizael se entrega para a Justiça. Em junho do mesmo ano, Evandro é localizado e preso em Alagoas. O julgamento começou nesta segunda-feira, 11 de março.