O tribunal do júri que julga o ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, acusado de ter matado em 2010 a ex-namorada Mércia Nakashima, se reúne pela terceira vez nesta quarta-feira. Transmitido ao vivo, devem ser ouvidos no tribunal, nesta quarta-feira, mais três testemunhas de defesa e uma do juízo: Renato Domingues Patoli, Osvaldo Negrini Neto e Eduardo Zocchi; Hélio Ramacciotti, testemunha arrolada pelo juiz Leandro Bittencourt Cano, também deve falar.
Ontem, o segundo dia do júri de Mizael foi marcado por provocações entre acusação, defesa e o delegado Antonio de Olim, que comandou as investigações do caso e foi o primeiro a depor. Os advogados que defendem o ex-policial militar exploraram questões pontuais para tentar levantar dúvidas entre os jurados, segundo acompanhou o jornal O Estado de S. Paulo.
Samir Haddad Junior usou reportagens da época das investigações para colocar em xeque o trabalho de Olim à frente do caso. Haddad disse que o policial não deu importância a pessoas que surgiram com outras versões para o crime. Assim que deixou o júri, o delegado afirmou que estava tranquilo. "Falei só a verdade. Quem tem que contar história e mentira são eles", disse.
Depois de Olim, foi ouvido Arles Gonçalves Junior, presidente da Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) negou ter visto qualquer ato de tortura contra o vigia Evandro Bezerra (apontado como cúmplice de Mizael) durante as investigações. Rita Maria de Souza, amiga de Mizael e a primeira testemunha de defesa, falou sobre a relação do réu com Mércia.