O ex-policial Mizael Bispo foi condenado pelo assassinato da ex-namorada, Mércia Nakashima. Por volta das 17h40, o juiz Leandro Bittencourt Cano sentenciou-o a 20 anos de prisão e considerou que o crime foi cruel, premeditado, teve motivo torpe e destacou que o réu mentiu no tribunal.
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O júri que condenou Mizael era formado por cinco mulheres e dois homens. Todo o julgamento, inclusive os anúncios da condenação e da sentença, foram transmitidos ao vivo, em rede nacional.
Houve muita tensão durante o julgamento. Advogados de defesa e acusação bateram boca e trocaram várias acusações. Mizael sempre alegou inocência e afirmou várias vezes que não havia matado Mércia.
O número de manifestantes a favor da condenação de Mizael foi maior no último dia de julgamento. Antes da sentença, eles soltaram fogos de artifício. Grupos formados por famílias que tiveram parentes vítimas de violência foram prestar solidariedade à família da vítima.
Mércia Nakashima desapareceu em 23 de maio de 2010. No dia 10 de junho, um pescador levou a família e a polícia até uma em uma represa de Nazaré Paulista, na Grande São Paulo, onde o carro dela estava submerso. O corpo da vítima foi encontrado em avançado estado de decomposição e laudo do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que ela morreu por afogamento. O cadáver apresentava duas perfurações de bala, uma na mão e outra no queixo.
*Com informações da Agência Estado