Também foi examinado o material sedimentar associado aos ossos, que já estavam em processo de fossilização. De acordo com o coordenador do Laboratório da Unesp, professor Franscisco Buchmann, a baleia provavelmente encalhou numa antiga praia, foi soterrada e iniciou o processo de fossilização em ambiente saturado de água doce. Sobre o local instalaram-se as ruas e foram erguidas as casas de um distrito de Iguape. Muito tempo depois, a variação da linha da costa devido à erosão costeira expôs o crânio e os ossos ao ambiente de água salgada na praia do Leste.
O afloramento foi encontrado sob os escombros de uma casa que desmoronou com o avanço do mar. A equipe de Buchmann fez a limpeza do local e usou um guincho para remover troncos que estavam sobre a ossada. Foi necessário montar uma barreira de sacos de areia ao redor do sítio para conter o avanço da maré. Além do crânio, foram encontradas vértebras e costelas. O transporte da ossada até o laboratório de São Vicente foi feito por uma equipe da Fundação Florestal, órgão da Secretaria de Estado do Meio Ambiente.