Apenas cinco estados brasileiros (Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás) têm conselhos de direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais (LGBT). O dado faz parte da primeira edição da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que analisa as gestões estaduais em 2012 e foi divulgada hoje (15).
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Casal LGBT poderá se casar sem recorrer à Justiça em SPAssociação LGBT cobra passaporte diplomático do ItamaratyDenúncias de violência contra população LGBT crescem, mas muitas vítimas ainda temem relatar as agressõesMilhares participam de passeata LGBT contra a violência e o preconceito sexualAinda segundo o estudo, os conselhos de Cultura, Saúde, Meio Ambiente e dos Direitos da Criança e do Adolescente têm, em média, de 23,7 a 18 anos de existência e estão presentes em todas as unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal).
Os conselhos de Direito do Idoso e das Pessoas com Deficiência – o primeiro com 12,5 anos e o segundo com 9,1 anos – apesar do pouco tempo de existência, têm presença em todos os estados.
Segundo o pesquisador, o reduzido número de conselhos ligados à questão LGBT pode estar ligado ao fato de ser relacionado a uma minoria e de a pressão da sociedade sobre os governos estaduais a respeito do tema ser pequena. Ele lembrou que a criação de um conselho é a forma mais direta de as administrações estaduais se relacionarem com a população.
A Estadic 2012 identificou 13 conselhos estaduais: Educação, Cultura, Esporte, Habitação, Transporte, Saúde, Segurança Pública, Meio Ambiente, Direitos da Criança e do Adolescente, Direitos do Idoso, Direitos da Pessoa com Deficiência, Promoção da Igualdade Racial, Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Apenas o Rio de Janeiro tem todas essas estruturas. Os estados de Roraima, Amapá e Sergipe são os com menor número de conselhos (até 7).