Os laudos técnicos são uma das últimas etapas do inquérito. Havia a previsão de que a investigação terminaria nesta sexta-feira, mas a conclusão foi adiada para a segunda metade da semana que vem. Faltam ainda o laudo de análise da espuma de revestimento que, ao queimar, gerou a fumaça tóxica e os depoimentos de algumas testemunhas e do empresário Elissandro Spohr, um dos sócios da Kiss, marcado para a tarde de sábado (16). O chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior, disse que os delegados que investigam o caso já têm convicções sobre os indiciamentos, mas não divulgarão nomes antes de remeter o inquérito ao Judiciário.
A tragédia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Durante um show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira a fagulha de um artefato chegou ao teto da boate e começou a queimar a espuma do revestimento acústico. O fogo espalhou-se pela casa, que não tinha sinalização e vias de saída adequadas para a situação. Dois proprietários da Kiss, Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes do conjunto musical, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, estão presos preventivamente.
A investigação policial está verificando se os quatro têm responsabilidade direta pelo desastre e também deve identificar eventual culpa de outros integrantes da banda, sócios formais da casa e agentes públicos, estes por falhas na emissão de alvarás e na fiscalização.