O envolvimento das comunidades no controle e na definição dos modelos de saneamento a serem adotados nas áreas rurais foi classificado como imprescindível em uma mesa redonda realizada na tarde desta segunda-feira no 4º Seminário Internacional de Engenharia em Saúde Pública.
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Quase metade das crianças vive em domicílios onde falta pelo menos um serviço de saneamentoMais de 90% dos municípios podem ficar sem recursos federais para saneamentoBNDES libera financiamento para projetos de saneamento básico em quatro estadosDilma defende medidas mais drásticas para que as pessoas deixem áreas de risco"Quanto mais você envolver a comunidade, mas ela se compromete com o bem que está sendo entregue e com o serviço que vai ser provido”, disse. Segundo Juliana, quando há uma assistência especializada e o engajamento popular, o serviço se mantém operante pelo triplo do tempo, e os custos para atualizá-los são mais baixos.
De acordo com os dados apresentados, enquanto 98% da população urbana têm acesso à distribuição de água, apenas 81% dos habitantes das áreas rurais dispõem do mesmo serviço. A situação é pior quanto ao esgotamento sanitário, que está presente em 80% dos lares brasileiros, mas beneficia 50% da população rural, deixando 15 milhões de pessoas de fora.
Uma das grandes barreiras apontadas para o saneamento nas áreas rurais são a pobreza, a dispersão das comunidades e a falta de interesse dos entes públicos. O presidente da Fundação Nacional de Saúde, Gilson Carvalho, que participou do debate, afirmou que a meta da Funasa é levar o saneamento a 750 comunidades rurais e 375 quilombolas até 2015.